Doom atropela nas vendas, mas patina no Xbox Series S

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Doom bateu 3 milhões de jogadores em cinco dias. Legal? Sim. Impressionante? Com certeza. Mas nem tudo que reluz é Hellfire.

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Se você, como eu, andava meio subestimando a marca Doom nos últimos dias, bem-vindo ao clube dos enganados. A Bethesda mostrou que o velho demônio ainda sabe como encher estádios — ou melhor, servidores. A explosão no Game Pass é real, e o número impressiona quem achava que essa fera já tinha dado seus últimos tiros. Porém, será que toda essa euforia não esconde umas falhas dignas de um cacete no pé?

No campo das vendas, a história é outra: o PS5, que deveria ser o monstro da geração, mal conseguiu acompanhar a demanda para Doom. Com poucas unidades vendidas, fica claro que, apesar da popularidade, o console sofre com a oferta limitada — ou quem sabe a galera está esperando para garantir no Game Pass mesmo. Resultado? Um jogo que brilha nos números, mas que no PS5 não viu tanto fogo assim.

Agora, vamos falar do elefante (pixelado) na sala: a resolução no Xbox Series S. As análises não perdoam — Doom roda com quedas frequentes de resolução dinâmica, às vezes batendo abaixo de 900p em momentos de caos total, coisa feia para um título que vive de velocidade e carnificina frenética. As texturas demoram para carregar, os serrilhados fazem mais estrago que a própria escopeta e, em certos trechos, parece que você está jogando Doom no espelho retrovisor de um Uno 2005. A fluidez até se mantém graças aos 60fps, mas a custo de sacrificar a nitidez que o jogo merece.

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Vamos ser sinceros: o Xbox Series S é o patinho feio da nova geração, mas isso não justifica o jogo rodar numa resolução que mais parece uma retransmissão em VHS de 1995. Doom sempre foi sinônimo de velocidade, sangue e visceralidade — não de pixels borrados e texturas preguiçosas. O barato da alta performance se perdeu, e quem escolheu o Series S para experimentar essa carnificina digital levou um balde de água fria.

No fim das contas, os 3 milhões mostram a força da marca, mas a qualidade técnica ainda precisa jogar no hard mode. É como vencer uma partida no easy, mas tropeçar no último chefe. Torço para que a Bethesda acorde desse pesadelo e trate o Xbox Series S com o respeito que o jogador merece — porque, no fim das contas, não basta encher estádio, tem que fazer o show valer a pena.

Fonte: Digital Foundry, experiência pessoal no Xbox Series S.

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