BGS 2025: Ainda é sobre games?

BGS Review

Entre críticas e elogios, passamos por mais uma BGS, a décima sexta edição do evento. Novamente estive no evento pelo segundo ano consecutivo e a sensação que ficou foi: Ainda é um evento sobre games? 

Tamanho não é documento 

Essa edição trouxe uma mudança, o evento saiu do Expo Center Norte e foi para o Distrito Anhembi, um novo espaço bem maior do que foi nos eventos anteriores. Mas essa mudança não parece que fez muito efeito na prática. Ou até pior, fez um efeito contrário. 

Eu fiquei com a sensação de que mesmo em um ambiente maior, o evento parecia “menor”. Com menos estantes, menos atrações, menos novidades e mais filas. E não fui o único com essa sensação. Conversando com colegas de imprensa pude perceber que essa foi uma sensação comum entre as pessoas. 

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Cadê os games?

Durante o evento pude jogar boas demos como Quarantine Zone, Last Flag, Deep Dish Dungeon entre outros, além de grandes títulos recém lançados como Donkey Kong Bananza, Sonic Racing, EA Sports FC, entre outros jogos. Mas a falta de grandes jogos aguardados era notório. 

Ano passado foi possível jogar Like a Dragon Yakuza Hawaii, Sonic x Shadow Generations, Dune Awakening, entre outros títulos em acesso antecipado e de forma quase exclusiva. Esse ano não teve nenhum grande destaque como no ano anterior. E não é por falta de jogos, em vários eventos deste ano como a própria TGS, tivemos alguns jogos em acesso antecipado como Crimson Desert, Resident Evil Requiem, Phantom Blade, entre outros vários jogos aguardados que não deram a cara aqui no Brasil.

Viva os Indies

Em meio a tanta falta de jogos, os Indies se destacavam com muita gameplay, novidade, diversão e pouca fila. Durante o evento tive a oportunidade de testar muitos indies, o que mais me surpreendeu positivamente foi o Deep Dish Dungeon, mas ainda tinha outros grandes títulos como Last Flag, Quarantine Zone, AILa, entre vários outros. 

O staf dos indies foram atenciosos a todo momento e as filas bem organizada de forma que todos conseguissem jogar e se divertir. Porém, ainda assim ficou aquele gostinho de quero mais e com certeza mais jogos independentes seriam muito bem vindos e fariam muito bem a BGS.

Organização 

O evento, assim como em edições anteriores, estava repleto de filas longas e demoradas, se você fosse no evento querendo ficar apenas algumas horas, provavelmente não veria nada. 

Até entendo que esse problema é mais complicado de se resolver. A BGS se tornou um dos maiores eventos de games do Brasil e muitas pessoas vão para curtir e as filas eram inevitáveis. Porém, acredito que com um pouco mais de organização, é possível reduzir as filas ou, ao menos, reduzir o tempo de espera nelas. 

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Suporte a imprensa

Agora falando de um outro ponto de vista, o suporte à imprensa foi decepcionante. A maioria dos estandes não tinham uma equipe dedicada aos profissionais de mídia e fazia com que os jornalistas ficassem nas filas perdendo horas de trabalho e até mesmo interferindo na experiência de quem estava apenas para curtir o evento. 

Decepção pessoal – Path of Exile

Agora falando de uma experiência mais pessoal, eu me decepcionei demais com o estante de Path of Exile.  Ao tentar chegar no local, me deparei com uma equipe completamente despreparada e tratando de forma grosseira quem estava interessado em ver a exposição do jogo. 

Acessibilidade

Se tem algo que merece muitos elogios é a acessibilidade e inclusão do evento. Em todas as atrações tinha equipes dedicadas a atender os visitantes PCDs com intérpretes, filas preferenciais e guias dedicados. 

A equipe da BGS deu uma atenção para essa área que, apesar de essencial, é rara de se ver. 

Brindes

Sair em busca dos brindes ou loots é uma das práticas mais comuns da BGS. Mas, diferente das edições anteriores, este ano os brindes estavam bem fracos. Com exceção do Brawl Stars, todos os estandes estavam dando apenas alguns adesivos de qualidade duvidosa e alguns cartões de visita. Inclusive, em algumas estandes, você tinha que cumprir uma série de objetivos quase impossíveis para tentar pegar o brinde, se sobrar. 

A BGS ainda vale a pena?

A BGS continua sendo um evento bem divertido, com muitas atrações e atividades para garantir a diversão. Mas, se quiser continuar sendo conhecida como o “maior evento de games do Brasil”, a produção do evento precisa repensar melhor a parte dos games que tem deixado a desejar a cada edição que passa. 

Fotos: Carolina Eugênia

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Jornalista | Redator | CEO |  + posts

Jornalista por formação e gamer apaixonado de nascimento. Comecei minha paixão no polystation, passei por vários consoles, mas o que mora no meu coração é o PS4 e o PS Vita.

Minha paixão me levou a fundar o Já Joguei em 2020 e posteriormente o Na La7a em 2024 com apenas objetivo, manter vocês sempre atualizado de tudo que acontece no mundo dos games desde noticias, review e tutoriais.