Metaphor: ReFantazio Vale Todo o Hype?

Metaphor: ReFantazio Vale Todo o Hype?

Durante meses, eu via a galera comentando sobre Metaphor: ReFantazio. Os RPGs de turno já tinham furado a bolha com Baldur’s Gate 3, e a própria Atlus havia lançado o remake de Persona 3. Mas, por algum motivo, o jogo que todo mundo não parava de falar era Metaphor. Então resolvi jogar para entender melhor esse fenômeno.

Agora, depois de mais de 150 horas mergulhado nesse universo, posso afirmar: Metaphor merece todo o hype que recebeu. Se você ainda está tentando entender por que esse jogo é tão bom, chega junto porque eu joguei e vou te explicar tudo.

Uma História Que Supera os RPGs Ocidentais

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Os dois pontos mais fortes de Metaphor são sua história e sua jogabilidade. O roteiro desse jogo dá uma verdadeira aula em relação aos RPGs ocidentais, que muitas vezes forçam inclusão e discursos políticos de maneira artificial. Metaphor aborda esses temas, mas o faz de forma natural e orgânica, tornando-os parte fundamental da narrativa. Talvez seja o melhor exemplo de como tratar esses assuntos sem alienar os jogadores.

Se você, assim como eu, está cansado de ver jogos forçando trocas de etnia, linguagem neutra e personagens que servem apenas para levantar pautas sem sentido dentro da história, Metaphor é um alívio. O jogo trata de temas como:

  • Tribos marginalizadas por características físicas e culturais
  • Um sistema financeiro que favorece os ricos e condena os pobres à fome extrema
  • Uma religião dominante que dissemina preconceitos contra outras crenças
  • Medo e ansiedade e como isso afeta a sociedade
  • Amor, família e conexões humanas

Tudo isso é abordado de forma sutil e bem trabalhada. Você se apega aos personagens, se indigna com certas situações e sente a emoção da jornada. A história é cheia de reviravoltas que mantêm o jogador engajado do início ao fim.

Personagens Profundos e Memoráveis

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O elenco de Metaphor é outro grande destaque. O protagonista, por exemplo, me lembrou muito o Cloud de Final Fantasy VII. No início, ele parece vazio e sem graça, mas conforme a história avança e alguns eventos-chave acontecem, você entende sua personalidade e vê sua evolução.

O antagonista, Louis, é um dos vilões mais carismáticos que já vi. Em vários momentos, você se pega torcendo por ele e entendendo suas motivações.

Entre os coadjuvantes, o destaque para mim é Heisemay, um cavaleiro que abandonou a honra e vive em exílio ao lado do túmulo de seu filho. É difícil falar dele e de outros personagens sem dar spoilers, mas posso garantir que todos possuem camadas e complexidades que os tornam extremamente cativantes. Até mesmo os personagens secundários conseguem roubar a cena.

Mecânicas e Gameplay

Mecânicas e Gameplay

Agora vamos à jogabilidade. Metaphor é um RPG de turno, mas traz algumas diferenças interessantes:

  • Os personagens não têm classes fixas e podem mudar de classe a qualquer momento. Isso permite criar qualquer composição de equipe que você quiser.
  • O sistema de herança de habilidades permite que qualquer classe aprenda até quatro técnicas de outra classe, criando builds praticamente infinitas.
  • Se você for pelo menos três níveis mais forte que um inimigo, pode derrotá-lo instantaneamente, tornando o jogo quase um hack and slash em momentos de farming.

Essa liberdade é um dos pontos altos do jogo, permitindo experimentar diferentes estratégias e combinações de classes.

Os Defeitos

Nem tudo é perfeito, e Metaphor tem dois grandes problemas para mim, ambos relacionados ao sistema de calendário:

  1. Restrinções de Tempo: O jogo usa um sistema onde cada ação consome horas do dia. Isso significa que você pode fazer apenas duas atividades simples por dia ou gastar um dia inteiro em uma dungeon. Em alguns momentos, você quer seguir para a próxima missão principal, mas precisa esperar dias até que ela esteja disponível. Isso pode ser frustrante.
  2. Chefes Sem Volta: Em certas batalhas, se você não salvou antes, pode ficar preso contra um chefe muito mais forte que você. Como aquele dia do calendário é exclusivo para a luta, você não pode sair para treinar ou melhorar seu time. Isso me forçou a reiniciar o jogo algumas vezes.

Vale a Pena Jogar Metaphor?

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Apesar dessas falhas, Metaphor: ReFantazio é um excelente RPG. A história envolvente, os personagens carismáticos e a jogabilidade flexível fazem dele uma experiência imperdível. Se você curte uma boa história e um RPG sólido, pode pegar esse jogo sem medo. Ele é uma jornada que vai te prender do início ao fim.

E você, já jogou Metaphor? O que achou? Deixe seu comentário!

Veredito

Metaphor é um excelente RPG com uma história imersiva cheia de plot twist e com personagens carismáticos, a gameplay pode parecer simples, mas é cheia de detalhes que tornam tudo uma experiência única.

História
Gameplay
Personagens
Mecânicas

Ficha técnica

Plataforma onde foi jogado: Playstation 5
Horas de gameplay para o review: 150 horas
Data de Lançamento: 11/10/2024
Plataformas disponíveis: PS5, Xbox Series, PC

4.9
Jornalista | Redator | CEO at Na La7a |  + posts

Meu nome é André Gomes, sou jornalista e apaixonado por jogos. Estou no mundo dos videogames desde que me entendo por gente e amo falar sobre.

Adoro falar e escrever sobre games, já tive outros sites e canais falando sobre e tudo isso me trouxe até aqui.

Minhas franquias favoritas são Final Fantasy 7 e God of War, mas amo outros vários títulos que chega a ser impossível escrever todos aqui.

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