Em 2018, a Sony lançou God of War, um soft reboot que trouxe Kratos para a mitologia nórdica. O velho Kratos que conhecíamos, ou quase, começou uma nova saga que foi tão bem-sucedida que garantiu o polêmico GOTY de 2018, superando Red Dead Redemption 2. O final do jogo já deixava claro que uma sequência vinha aí, prometendo uma batalha épica com Thor, novos inimigos como Odin, armas como Mjölnir e a exploração dos nove reinos. A expectativa era altíssima, e em novembro de 2022 chegou God of War Ragnarok, mas, infelizmente, o resultado acabou dividindo os fãs.
O Hype e a Primeira Reação
O hype estava nas alturas desde julho de 2022, quando a Sony lançou o primeiro trailer. Com cenários deslumbrantes, inimigos ameaçadores e um embate de arrepiar entre Kratos e Thor, o trailer foi um sucesso, incendiando a imaginação dos jogadores e alimentando teorias e reações entusiasmadas. Quando o jogo finalmente saiu, o início foi espetacular. A luta com Thor, repleta de adrenalina, é um dos pontos altos da franquia, com Kratos revelando o “Fantasma de Esparta” de forma marcante.
As Boss Fights: Expectativa vs. Realidade
No entanto, God of War é conhecido por suas épicas boss fights, e aqui o jogo começou a decepcionar. Lutas memoráveis, como contra o dragão da Yggdrasil e Heimdall, garantiram momentos de glória, mas outras, como o segundo embate com Thor e o confronto com Odin, foram desanimadoras e não corresponderam às expectativas. Muitos personagens, como Fenrir, Jormungandr e Surtur, que deveriam ter papéis centrais no Ragnarok, foram subaproveitados, deixando a sensação de que algo estava faltando. E quando finalmente o Ragnarok acontece, o evento é frustrante, marcado por batalhas superficiais e a ausência de impacto emocional.
Atreus
Atreus também dividiu opiniões. Apesar de ter bons momentos, a seção do Bosque de Ferro interrompe abruptamente a ação frenética, transformando o jogo em um walking simulator, o que irritou muitos fãs. Curiosamente, uma DLC gratuita, lançada um ano depois, trouxe mais fanservice e referências à saga grega, resgatando o que muitos esperavam desde o início.
Um Grande Jogo com Falhas Significativas
No final, God of War Ragnarok é, sem dúvida, um grande jogo e um dos melhores exclusivos da geração. Mas peca na história e no desenvolvimento de personagens, algo incomum para a Sony, mas talvez mais recorrente sob sua gestão atual. A impressão é que o jogo foi projetado para ser algo maior, talvez uma trilogia, e encerrar tudo em um título resultou em cortes que comprometeram a experiência.
Meu nome é André Gomes, sou jornalista e apaixonado por jogos. Estou no mundo dos videogames desde que me entendo por gente e amo falar sobre.
Adoro falar e escrever sobre games, já tive outros sites e canais falando sobre e tudo isso me trouxe até aqui.
Minhas franquias favoritas são Final Fantasy 7 e God of War, mas amo outros vários títulos que chega a ser impossível escrever todos aqui.