Análise / Review: Call of Duty Black Ops 7 vale a pena? 

Review

Call of Duty Black Ops 7 é o título mais polêmico da franquia nos últimos anos. Começando pela aposta futurista, passando por uma concorrência inesperada com Battlefield e Arc Raiders e culminando em um lançamento desastroso com polêmicas de IA e uma campanha cem por cento online. 

Mas o game é esse desastre todo ou os jogadores só embarcaram no efeito manada de falar mal do jogo?

Futurista

Bem, o problema já começa na temática do jogo. Apesar dos jogos futuristas serem um sucesso em alguns países, aqui no Brasil, muitos gamers costumam ter uma certa resistência com jogos nesse estilo. 

Quando foi revelado que o Call of Duty de 2025 seria mais um capítulo da franquia Black Ops e voltaria a apostar em elementos futuristas, minha reação inicial foi de frustração. No entanto, depois de experimentar a beta de Black Ops 7, minha opinião mudou bastante. O jogo parecia ser muito divertido e sem muitos elementos que me incomodam, como a corrida na parede. 

Com o lançamento oficial do jogo, pude ver que o jogo final seguiu o que a beta tinha apresentado. Um jogo com elementos fictícios, mas sem fugir da sua essência, as trocas de tiro frenéticas. E por mais que esse estilo futurista tenha desagradado alguns jogadores, ele não é o grande problema desse jogo. 

Campanha 

Esse é o ponto mais negativo do jogo e o que fez com que gerou muitas reclamações e memes dos jogadores.

Começando pela história. Em Black Ops 7, eles dão sequência na loucura que começou no Black Ops 6 girando em torno da arma biológica “O berço”. Dessa vez a produção do berço aumentou e atingiu toda a equipe do David Mason e por isso você vai passar por vários cenários psicodélicos e lembranças distorcidas geradas pelo Berço. Um dos maiores problemas é a aparente falta de preocupação dos roteiristas em ligar essa lembranças aos eventos da franquia gerando vários furos no roteiro, além de Personagens rasos e sem graça.

Em relação ao gameplay, esse talvez seja o maior ponto de crítica. A campanha de Black Ops 7 é cem por cento online, ou seja, mesmo se você optar por jogar sozinho, ainda precisará de conexão à internet e nem poderá pausar o jogo. 

Cada fase passa por algumas lembranças dos personagens afetados pelo berço e ao final você sempre enfrenta um Boss com uma barra de vida gigante ao estilo souls-like. Os inimigos são extremamente genéricos, você vai estar sempre atirando em robôs e inimigos de fumaça gerados pela ilusão do berço. Isso sem falar dos bosses bizarros como uma flor gigante ao estilo Resident Evil. Pra mim, o pior foi o Boss final que você tem que enfrentar três robôs idênticos um atrás do outro.

As armas, equipamentos e inimigos seguem um sistema de nível, então se você tiver uma arma de nível mais baixo, os inimigos viram uma esponja de bala e você precisará descarregar a arma para matar um simples bot.

Endgame: Avalon

Esse talvez seja o maior ponto positivo do jogo: um sistema de endgame realmente robusto, bem pensado e que tem tudo para se tornar padrão na franquia. Ao terminar a campanha, o jogador desbloqueia o modo Fim da Jornada, que funciona como uma mistura de Warzone com Zombies e expande totalmente a experiência principal. Aqui, a equipe é enviada para Avalon, uma enorme região aberta dividida em quatro áreas com níveis crescentes de dificuldade, cada uma com missões, desafios e ameaças próprias.

Cada área de Avalon possui missões que concedem recompensas e melhoram o nível do seu equipamento. Para avançar entre as regiões, é necessário completar objetivos, enfrentar áreas de exposição cada vez mais perigosas e fortalecer seu arsenal. A progressão é contínua: o jogador mantém o nível das armas, avança em árvores de habilidades e desbloqueia camuflagens exclusivas para cada uma das 30 armas do lançamento.

Você escolhe seu operador, monta o armamento e inicia a incursão saltando em Avalon. A partir daí, explora a região a pé ou com veículos, completa missões e tenta extrair com sucesso antes do tempo acabar. O relógio marca 45 minutos por rodada, e extrair com vida garante que todo o progresso seja mantido para a próxima partida, incluindo habilidades, melhorias e equipamentos, preparando o jogador para alcançar as regiões mais perigosas e, eventualmente, enfrentar o chefe final.

Detalhes

Já ouviu aquela que a riqueza mora nos detalhes? Bem, é real. Call of Duty sempre foi um destaque entre os FPS justamente pelo cuidado que a Activision possui com o jogo. O som das armas, a animação das balas caindo, a reação dos inimigos, a inteligência artificial, todos esses detalhes sempre estiveram no game. Mas em Black Ops 7 deixa a desejar.

As animações são bem simples e até mesmo travadas, os inimigos não têm praticamente nenhuma reação ao serem atingidos, a inteligência artificial deixa muito a desejar. E isso só falando do gameplay.

Existem vários pequenos detalhes que fazem falta e tornam o jogo passível de várias críticas que vem enfrentando, como a falta de uma opção para jogar solo e offline, além da ausência de uma opção de jogar a campanha e o endgame em split screen.

E é claro que temos que falar do polêmico uso de IA no qual existem vários elementos que parecem ter sido feitos com uso de IA generativa. 

Multiplayer e zombies

Aqui não tem muito o que ser dito. O Multiplayer está ainda mais frenético com mapas fechados, alta mobilidade e combates intensos como todo jogador de COD adora. Já o modo Zombies, a Activision trouxe um mapa gigantesco com ainda mais missões e easter eggs. 

Call of Duty Black Ops 7 vale a pena? 

Se você for um dos jogadores que curtem essa franquia pelo Multiplayer, com certeza vale muito a pena. Agora se você for um jogador que gosta mais da campanha e curtir as missões variadas que a franquia apresenta, aí talvez você não curta o jogo. 

Call of Duty Black Ops 7 traz uma campanha confusa e quase inexistente, mas mantém a receita que tornou o multiplayer extremamente divertido. Além de inovar com um modo PVE.

Análise feita com cópia digital cedida pela Activision

Jornalista | Redator | CEO |  + posts

Jornalista por formação e gamer apaixonado de nascimento. Comecei minha paixão no polystation, passei por vários consoles, mas o que mora no meu coração é o PS4 e o PS Vita.

Minha paixão me levou a fundar o Já Joguei em 2020 e posteriormente o Na La7a em 2024 com apenas objetivo, manter vocês sempre atualizado de tudo que acontece no mundo dos games desde noticias, review e tutoriais.