Silent Hill 2 é um daqueles jogos clássicos que sempre são mencionados pelos jogadores que viveram as primeiras gerações de consoles. Eu sempre me perguntei o que esse jogo tinha que todo mundo gostava tanto dele. Será que ele realmente era tão bom assim ou era só papo de nostalgia?
Bem, a Konami resolveu lançar um remake do título e eu finalmente pude ver com meus próprios olhos e agora eu posso falar que entendo e concordo com todos os elogios que já ouvi sobre o jogo.
Silent Hill 2 é uma experiência única, um daqueles poucos jogos que mesmo quando você não está jogando, você está pensando sobre ele.
História
Para começar, pelo maior destaque do jogo, sua história é incrível. Com múltiplas interpretações para os acontecimentos do jogo e o desenvolvimento dos personagens. O jogo tem poucos personagens, mas o pouco que tem é muito bem feito e você quer saber cada detalhe deles.
Na verdade, o universo do jogo como o todo é muito rico e imersivo. Eu li cada pequena anotação que eu encontrava (é muito raro eu fazer isso) para entender um pouco mais sobre Silent Hill e os eventos que se passaram por lá.
O jogo conta com oito finais, sendo dois disponíveis apenas no new game mais. Todos são considerados canon, o que reflete a múltipla interpretação que o jogo pode ter. Pessoalmente, eu acho o final “A partida” o melhor, mesmo tendo pegado o que eu considero o pior final do jogo.
Cada final é definido na sua forma de jogar e explorar o jogo, sem muitas escolhas, apenas formas de lidar com a história e universo do game, o que é bem interessante para um jogo com múltiplos finais.
Gameplay
O gameplay do jogo é bem simples, você anda, resolve puzzle e combate inimigos. O jogo tem poucas armas, apenas 6, mas 3 delas são de combate corpo a corpo. Sem upgrades ou mudanças.
Mas não se engane, por mais simples que pareça, o gameplay ainda é extremamente divertido e isso se deve ao level design do jogo. Ele conta com um dos melhores backtracking que eu já experimentei, você terá que explorar a mesma área diversas vezes e sempre acessando novos lugares.
Os puzzles são o ponto principal do gameplay. Todos com a dificuldade ideal, sem ser exageradamente complicado e nem muito simples. Você terá que ler cada documento e olhar minuciosamente cada cenário para achar as respostas.
Atmosfera
Apesar de ser classificado como terror, Silent Hill 2 não chega a dar medo e nem muitos sustos. Mas ele compensa com uma das melhores atmosferas e ambientação que eu já vi. Os cenários mais abertos trazem a clássica névoa e muitas vezes você nem imagina o que pode estar na sua frente. Mas o jogo brilha mesmo é nos ambientes fechados.
São vários locais icônicos como o hotel, museu, o hospital, e o meu favorito, a prisão. Cada um desse locais traz vários puzzles, áreas secretas, e um enredo próprio que enriquece o universo do jogo.
Inimigos
Não é mistério pra ninguém que os inimigos do jogo são representações da culpa e sentimentos negativos de James e das outras pessoas que estão em Silent Hill. Eles não dão medo, mas causam um incômodo digno de um bom terror. Muito desse incômodo é causado pela simbologia e significado pesado que eles carregam.
O combate com eles é sempre desafiador, muito por causa da inteligência dos inimigos que podem ser mais agressivos ou mais cautelosos dependendo da situação.
Silent Hill 2 Remake vale a pena?
Acho que a essa altura já deu pra ver que eu goste e muito do jogo. Mas colocando em poucas palvras, sim, Silent Hill 2 Remake vale muito a pena.
Dica: Atualmente o jogo está diponível da PS Plus extra e deluxe

Jornalista por formação e gamer apaixonado de nascimento. Comecei minha paixão no polystation, passei por vários consoles, mas o que mora no meu coração é o PS4 e o PS Vita.
Minha paixão me levou a fundar o Já Joguei em 2020 e posteriormente o Na La7a em 2024 com apenas objetivo, manter vocês sempre atualizado de tudo que acontece no mundo dos games desde noticias, review e tutoriais.



